Cálculos Renais: Sintomas, Causas e Opções de Tratamento

📊 Incidência e Epidemiologia

  • Prevalência global: entre 5% e 15% da população geral
  • Homens são mais acometidos (2:1), especialmente entre 30 e 50 anos
  • Recorrência: até 50% dos pacientes terão novo episódio em 5 anos
  • A incidência tem aumentado nas últimas décadas devido a hábitos alimentares e fatores ambientais

 

🧬 Etiologia e Fatores de Risco

A litogênese é multifatorial, envolvendo desequilíbrios entre solutos urinários, volume urinário e fatores inibidores de cristalização.

Principais fatores:

  • Baixa ingestão hídrica
  • Hipercalciúria, hiperoxalúria, hiperuricosúria
  • Doenças metabólicas: gota, hiperparatireoidismo, acidose tubular renal
  • Distúrbios intestinais: DII, cirurgia bariátrica
  • História familiar de litíase
  • Dietas ricas em sódio, proteínas animais e oxalato

⚠️ Sintomas

A apresentação clínica varia com o tamanho, localização e obstrução do cálculo.

Principais sintomas:

  • Dor lombar intensa (cólica renal), geralmente unilateral
  • Irradiação para abdome inferior, virilha ou bolsa escrotal
  • Hematúria macroscópica ou microscópica
  • Náuseas e vômitos
  • Disúria, urgência e polaciúria (se cálculo distal)
  • Febre (sugere pielonefrite obstrutiva – urgência urológica!)

 

🔬 Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, apoiado por exames laboratoriais e de imagem.

Avaliação inicial:

  • Urina tipo 1: hematúria, cristais, pH
  • Urocultura: excluir infecção
  • Creatinina e ureia
  • Exames de imagem:
  • Tomografia sem contraste (padrão-ouro)
  • Ultrassonografia: boa opção inicial em emergência e para gestantes
  • Raio-X de abdome (KUB): útil para cálculos radiopacos

 

💊 Tratamento

A escolha do tratamento depende do tamanho, localização, sintomas e presença de complicações.

Tratamento clínico (conduta expectante):

  • Cálculos < 5 mm têm alta taxa de eliminação espontânea
  • Hidratação, analgésicos/anti-inflamatórios, alfa-bloqueadores (ex. tansulosina)

Tratamento intervencionista:

  • Litotripsia extracorpórea (LECO): eficaz para cálculos até 2 cm, radiopacos
  • Ureteroscopia com laser: indicado para cálculos ureterais ou menores no rim
  • Nefrolitotomia percutânea (NLPC): cálculos grandes (> 2 cm), coraliformes
  • Cirurgia laparoscópica ou aberta: raramente indicada

 

🛡️ Prevenção e Controle

Medidas gerais:

  • Ingestão hídrica abundante (2–3 litros/dia)
  • Redução de sódio e proteínas animais
  • Dieta equilibrada com baixo teor de oxalato
  • Uso de citrato oral em casos específicos
  • Monitoramento metabólico com estudo do cálculo e urina 24h nos casos recorrentes

Rastreamento:

  • Pacientes com litíase de repetição, nefrocalcinose ou fatores metabólicos devem realizar avaliação metabólica completa

 

🧠 Conclusão

A litíase urinária é uma condição prevalente, com impacto clínico e social significativo. O diagnóstico precoce, manejo individualizado e medidas preventivas são fundamentais para reduzir a morbidade, as complicações e as recorrências.

⚠️ Atenção: sintomas como dor lombar intensa e súbita, sangue na urina, febre ou infecção urinária associada à obstrução podem indicar complicações graves e requerem avaliação urológica imediata.

✅ Recomenda-se a consulta com um urologista sempre que houver episódios de cólica renal, histórico familiar de cálculos, litíase de repetição ou fatores metabólicos associados. A orientação especializada é fundamental para o tratamento adequado e prevenção de novos episódios.

 

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